Tristeza e final do ano, o que fazer?
- Jéssica Laube de Andrade Lima
- 11 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Comuns são os relatos de estar triste, arrependido, com algum mal estar, diante da época do final de ano. Pensamentos de que não aproveitaram tudo que poderiam, que deixaram de cumprir tarefas importantes, ou ainda, de se sentirem no mesmo lugar. Algumas pessoas até podem revelar tais pensamentos e sentimentos, outras, por vezes, preferem manter em segredo o seu descontentamento. Estes sentimentos no final do ano podem estar associados a lembranças ruins do período das festas, mas também, vir à tona junto com um “eu poderia ter feito mais”, “pensei em fazer tanta coisa, mas não me comprometi com tudo” e outros pensamentos, típicos de quem está repensando como as coisas tem sido.

Acontece que no começo do ano as expectativas de mudança e novas oportunidades estão a todo vapor, pensamos coisas que gostaríamos de mudar e nos propomos a fazer diferente para o próximo ano. Em alguns momentos, mascarando a tristeza, novas metas são criadas e momentaneamente se demonstra mais entusiasmo perante às luzes, a união das reuniões festivas, comidas, bebidas e presentes. Essa euforia pode trazer a sensação de que tudo será transformado. A própria ideia do nascimento de Jesus, festividade cristã majoritariamente difundida em nossa cultura neste período do ano, propõe a ideia de transformação e boa notícia.

Ao passar do tempo, entretanto, a vida cotidiana se mostra cada vez mais presente em contraste com a euforia das festas e comemorações e sua prévia melancolia. A realidade que cortejamos tende a ser menos brilhante do que era no calor do momento. E os problemas de antes permanecem ali. As dificuldades de mudar de lugar, emprego, melhorar nossos relacionamentos, atingir novas perspectivas, podem se manter presentes. E são mais difíceis de compreender do que gostaríamos de admitir. Quando não percebemos as situações e experiências de maneira mais consciente, tendemos a encontrar esta dificuldade para compreender o que faltou ser feito, consequente a isto virão os sentimentos negativos.
Mas será que todo o tempo foi em vão? Será que colocamos demasiada expectativa ao que poderíamos ter feito? Será que não nos comprometemos com aquilo que deveríamos ter priorizado? Não existem respostas simples. Por um lado, pode ter tido a dificuldade de encontrar nos pequenos desafios a superação que se alcança todos os dias. Dá-se pouca ou sequer alguma relevância aos pequenos avanços, muitas vezes guiados por um ideal de produtividade cada vez mais violento, nos esquecemos o quanto sobrevivente somos nestas pequenas conquistas.

Por outro lado, atentar ao que ainda não somos e queremos ser vai trazer uma perspectiva diferente e possibilidade de transformação. Dito isso, olhar para esta questão com senso de responsabilidade, sem nos culpabilizarmos demasiadamente. E nos dar a chance de refletir o que podemos fazer e agir para um outro rumo, com escolhas melhores e novas. Algo que é possível em qualquer período do ano.
Por fim, o final do ano se aproximando não quer dizer que seus sonhos foram perdidos, mas que apenas continuam de um ponto de referência diferente! Aproveitar o tempo que temos, todo e qualquer, para as mudanças que queremos ver na nossa vida é um caminho possível. E se você precisa de apoio, conte comigo para repensar suas experiências e compreender como tem sido, esta compreensão é fundamental para as questões que você deseja trabalhar no aqui-e-agora!